terça-feira, 6 de outubro de 2015

Sínodo: doutrina sobre matrimônio não foi modificada

Doutrina sobre matrimônio não foi modificada

        Setenta e dois pronunciamentos em duas congregações gerais, representando todos os continentes e, de certa forma, todas as línguas. Com esses dados, o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, introduziu a coletiva desta terça-feira sobre os trabalhos da XIV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos.
       Acompanhado do Cardeal Paul-André Durocher, ex-presidente da Conferência Episcopal do Canadá, e do presidente do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais e, no Sínodo, presidente da Comissão para a Informação, Dom Claudio Maria Celli, o religioso jesuíta fez uma síntese aproximativa dos pronunciamentos: dez da América Latina, sete da América do Norte, vinte e seis da Europa, doze da África, oito da Ásia e Oceania, seis do Oriente Médio.
       Ainda segundo Pe. Lombardi, as línguas mais utilizadas nos pronunciamentos têm sido o italiano – cerca de 23, e o inglês – cerca de 21; 15 ou 16 em francês e depois alguns pronunciamentos em espanhol – sete, dois em alemão e um em português.
        Com esses números, disse Pe. Lombardi aos jornalistas presentes na coletiva, vocês se dão conta do ambiente linguístico que se respira na Assembleia do Sínodo.
        Uma Assembleia sinodal em continuidade com a de 2014, durante a qual a doutrina católica sobre o matrimônio não foi modificada: foi o que observou o Papa Francisco no breve pronunciamento da terceira Congregação Geral, esta terça-feira, seguida dos Círculos menores. O Santo Padre evidenciou os três documentos oficiais, o Relatório do Sínodo (Relatio Synodi) e os dois discursos pontifícios de abertura e de conclusão dos trabalhos; destacou Pe. Lombardi na coletiva.
       O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé referiu também a segunda observação do Papa em seu breve pronunciamento da manhã desta terça-feira:

“Não devemos deixar-nos condicionar e reduzir o nosso horizonte neste Sínodo, como se o único problema fosse o da comunhão aos divorciados e recasados ou não. Portanto, considerar a amplitude dos problemas e das questões propostas na Assembleia sinodal, dos quais o ‘Instrumentum Laboris’ dá uma ampla perspectiva.”

        Respondendo aos jornalistas, também o Arcebispo Claudio Maria Celli evidenciou ulteriormente o breve pronunciamento do Papa:

“A minha impressão é de que o pronunciamento do Papa na manhã desta terça-feira, ao recordar que os documentos de referência em nossa discussão são a ‘Relatio Synodi’ e seus dois discursos, de abertura e de conclusão, mantém aberto uma atitude da Igreja profundamente pastoral em relação a essa realidade dos divorciados. Porém, se deve considerar também o que o Papa disse, ou seja, que o Sínodo não tem essa questão como único ponto de referência. É um dos pontos.”
       A propósito do relatório introdutivo do Sínodo, apresentado na segunda-feira pelo Cardeal Peter Erdő, o Cardeal Paul-André Durocher convidou a “entrar em diálogo com o mundo”:

“No primeiro parágrafo de seu pronunciamento, o Cardeal Erdő recorda aquela cena em que Jesus vê uma multidão, teve dó daquela multidão e se dirigiu a ela. O Cardeal Erdő recorda-nos que isso corresponde, de certo modo, às três etapas desse processo do ‘Instrumentum Laboris’ e do processo sinodal. Portanto, neste momento queremos – junto com Jesus – olhar para o mundo que está diante de nós. Na segunda etapa, a da piedade, avaliar como julgar essa situação. Na última, como seremos capazes de responder às expectativas deste povo, do mundo que está diante de nós.”

       Nos temas abordados pelos 72 padres sinodais que se pronunciaram – representativos de todos os continentes e de todas as línguas – tocaram os vários âmbitos relacionados à família e à Igreja.
        Em primeiro lugar, um esclarecimento da parte do secretário-geral do Sínodo, o Cardeal Lorenzo Baldisseri, a propósito da metodologia de trabalho da Assembleia, modificada em relação ao passado, solicitação feita durante a discussão livre da segunda congregação geral.
        Em particular, o pupurado deteve-se sobre as funções dos Círculos Menores e sobre a Comissão, nomeada no início de setembro pelo Santo Padre para a redação do Relatório final do Sínodo.
        Em seguida, o destaque para os temas abordados: a revolução cultural que caracteriza a época em que vivemos, em que a Igreja é chamada a acompanhar as famílias e, em geral, todo o povo de Deus, para encontrar respostas e soluções adequadas aos problemas de hoje.
       Além disso, explicou Pe. Lombardi, falou-se de uma linguagem apropriada da parte da Igreja, inclusive “para evitar impressões de julgamentos negativos em relação a situações e pessoas”:

“Ainda sobre o tema da linguagem, alguns mencionaram de modo muito positivo a linguagem utilizada nas catequeses do Papa Francisco durante este ano, como modo concreto, simples, claro e positivo de falar da realidade da família no mundo de hoje.”


       Foi também ressaltada a necessidade de ajudar, seja os casais de cônjuges a crescer e a amadurecer na fé e no matrimônio, seja os jovens a redescobrir a beleza do amor e da profunda inter-relação entre amor e matrimônio. Ademais, evidenciando que o testemunho das famílias missionárias é indispensável para a vida da Igreja.
       Refletiu-se também sobre os núcleos familiares que vivem situações difíceis, sobre o drama da pobreza na família, sobre violências que atingem a própria família, sobre a chaga do trabalho infantil, sobre o drama dos refugiados e dos migrantes e das perseguições aos cristãos.
       Além disso, se detiveram sobre a questão das pessoas com tendências homossexuais: elas fazem parte da Igreja, foi dito, esclarecendo, ao mesmo tempo, que o matrimônio é a união sacramental entre um homem e uma mulher, fundamento da família em sua integridade.



*Fonte Radio Vaticana

Notícias do Sínodo 2015


Padre Lombardi e outros participantes do Sínodo conversaram com a imprensa, nesta manhã, sobre os temas discutidos nesse primeiro dia de trabalhos


   
     O diretor da sala de imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, explicou aos jornalistas, nesta terça-feira, 6, como foi o primeiro dia de trabalhos do Sínodo dos Bispos. Em coletiva de imprensa, o sacerdote fez um balanço dos primeiros temas abordados e alguns pontos enfatizados pelo Papa Francisco, como a necessidade de não reduzir o Sínodo à questão dos casais de segunda união.
       Uma série de intervenções no dia de ontem foi sobre a revolução de época que se vive hoje, ressaltando que a Igreja acompanha essa situação com paciência e humildade. Os padres sinodais (bispos e padres que participam do Sínodo) também falaram sobre a importância do crescimento na vida cristã das famílias e o acompanhamento necessário do ponto de vista pastoral para ajudar esse crescimento.
       A questão migratória também esteve em debate na assembleia sinodal. A temática foi abordada por mais de uma vez, com atenção para as dificuldades das igrejas orientais que estão ligadas a esses fluxos migratórios bem como às perseguições. Além disso, também foi pauta a violência nas famílias e na sociedade, em particular contra as mulheres, bem como o trabalho infantil, pobreza e conflitos.
       Nesse primeiro dia de Sínodo, os padres sinodais levaram para a assembleia as experiências das próprias Igrejas bem como experiências pessoais, mas também afirmações de princípio, informou Dom Claudio Maria Celli, que também estava na conversa com a imprensa.
      Também presente na coletiva, padre Thomas Rosica destacou que as famílias são as protagonistas da nova evangelização, dão forma ao matrimônio e são importantes para superar dificuldades. “Em tempos de guerra, a família permanece um centro de unidade e de esperança. A Igreja precisa ser família, especialmente em tempos de crise”.
       Além de fazer um balanço dos temas abordados, padre Lombardi reiterou algumas intervenções do Papa Francisco, que foi o primeiro a discursar nesta segunda-feira, 6. O Pontífice recordou, por exemplo, que a doutrina católica sobre matrimônio não foi colocada em dúvida. Ele também pediu que o Sínodo não seja reduzido ao tema dos casais de segunda união e esclareceu que os documentos oficiais do Sínodo são seus discursos e o relatório final.
       Padre Lombardi concluiu a entrevista informando que ainda hoje, à tarde, começam os Círculos Menores, fase em que se verifica uma participação mais ativa à discussão, um confronto mais direto e imediato entre os padres na própria língua, nos quais os auditores e os delegados fraternos podem eventualmente intervir.


*Fonte Site Canção Nova

Relíquias de São Francisco de Assis

Reunião  para reconhecer as relíquias de São Francisco de Assis



        Assis foi sede de uma particular cerimônia da comunidade dos franciscanos em torno das relíquias de seu fundador: São Francisco de Assis. 150 religiosos provenientes das quatro ordens da família franciscana ao redor do mundo se reuniram para realizar um reconhecimento do estado das relíquias do Santo fundador e orar desta íntima maneira junto ao venerado fundador.
       A reunião foi realizada em segredo para não criar falsas expectativas midiáticas e a cerimônia só ocorreu quatro vezes em oito séculos, segundo informou a agência Zenit. Os frades se reuniram no mês de março e o evento foi registrado pelas câmeras de televisão da Tv2000, pertencente à Conferência Episcopal Italiana, a qual divulgou o fato recentemente.
      As imagens transmitidas em cadeia nacional incluem tomadas do esqueleto do Santo fundador, assim como do sarcófago de bronze que conserva as relíquias pela vontade do Papa Pio VII. “O custódio convocou a todas as famílias franciscanas presentes em Assis, a viverem um momento de oração e nos temos dirigido em peregrinação à cripta de São Francisco”, relatou o Padre Enzo Fortunato, diretor da Revista São Francisco de Assis à Tv2000. O religioso descreveu a experiência como “ver novamente a escolha da nossa vida, como ver novamente ao pai que nos esperava para animar-nos no caminho, para ir adiante”, segundo divulgou a Zenit. “Foi um silêncio muito forte o que acompanhou estes momentos”.
      Os religiosos contaram com o apoio do Professor Nicolò Valentino Miani, médico presente em dois reconhecimentos anteriores (1978 e 1994), quem certificou que as relíquias não apresentam mudanças relevantes e que em geral o corpo de São Francisco de Assis se mantêm em bom estado de conservação.



Por Gaudium Press

São Bruno - Santo do dia 06 de Outubro



São Bruno, fundador da Ordem dos Cartuxos



     Educado na Alemanha (nasceu em Colônia, da nobre família dos Hartefaust), atuando na França e na Itália. Nomeado chanceler da diocese de Reims, denunciou o próprio bispo Manassés por simonia. Teve de refugiar-se em Colônia até o bispo ser deposto pelo Concílio de Lião.
     Bruno voltou para a França e permaneceu sob a direção de são Roberto no ermo de Solesmes. Depois, com outros companheiros, procurou um lugar mais solitário para erigir seu mosteiro. Recebeu-o como doação do santo bispo de Grenoble, Hugo, um inteiro vale solitário chamado Cartuxa, nos Alpes do Delfinado. Isto se deu graças a um sonho que São Hugo teve. Neste sonho, apareciam-lhe sete estrelas que caíam aos seus pés para, logo em seguida, levantarem-se e desaparecerem no deserto montanhoso. Após este sonho, o Bispo recebeu a visita de Bruno que estava acompanhado por seis companheiros monges. Ao ver os sete varões, o Bispo Hugo reconheceu imediatamente neles as sete estrelas do sonho e concedeu-lhes as terras.
     Em 1078 nasceu então a primeira cartuxa, que mais tarde será chamada a Grande Chartreuse, casa mãe dos cartuxos. Os monges alternavam a recitação do Ofício com os trabalhos manuais. Era o lugar ideal com que Bruno sempre havia sonhado. Mas nele ficou por pouco tempo.
     Um de seus discípulos, tornado papa com o nome de Urbano II, chamou-o a Roma como conselheiro. Bruno levou consigo seus monges e adaptou como mosteiro as termas de Diocleciano, transformadas depois na grande basílica de Miguel Ângelo de Santa Maria dos Anjos.
    Eram tempos de grande turbulência em Roma, e o partido vitorioso do antipapa obrigou Urbano II a refugiar-se no Sul. Bruno mandou novamente seus monges a Grenoble e, no séquito do papa, procurou, na Calábria, um lugar adequado para fundar uma segunda cartuxa.
     Encontrou-o na localidade que hoje leva seu nome, serra São Bruno, no coração da Sila, “uma planície vasta e risonha, cercada de pastagens verdejantes e bordada de flores”, escreve Bruno a seus monges. “Esta paz que o mundo ignora é propícia para a alegria do Espírito Santo”.O duque das Apúlias e conde da Calábria, que lhe havia feito a doação do terreno, teve em troca a amizade e a preciosa guia do santo eremita.
     Este, sentindo-se próximo da morte, reuniu em torno de si os monges e ditou sua profissão de fé no mistério trinitário e eucarístico. Morreu a 6 de outubro, dia em que é celebrado. Seu corpo, encontrado incorrupto em 1513, foi sepultado na atual cartuxa de serra São Bruno, província de Catanzaro. O santo é desde sempre invocado contra as possessões diabólicas.





Orações atribuídas a São Bruno


Oração I


Onipotente e Eterno Deus, que concedestes a graça da fidelidade a São Bruno, fundador da Ordem dos Cartuxos, através do silêncio e da contemplação, concedei-nos também a nós sermos bem firmes na fé pela contemplação de vossas maravilhas.

SÃO BRUNO,
ROGAI POR NÓS.



Oração II


São Bruno, que adotastes como regra de vida a oração, o trabalho, o estudo e a pobreza; que fundastes uma ordem monástica para uma ainda maior intimidade com Deus, inspirai-nos também a uma vida contemplativa esquecendo-nos das ocupações terrenas e nos ocupando mais com nossa união cada vez mais íntima com nosso Deus e Criador. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.

SÃO BRUNO,
ROGAI POR NÓS.




Oração III

Tu, que és meu Senhor,
Tu, cuja vontade prefere à minha.
Não me é possível contentar-me com palavras
ao apresentar-te minha oração.
Escuta meu grito que te suplica
como um imenso clamor…

Tu, de quem me constituis servo:
Te rogo-te com insistência,
até merecer atingir teu favor.
Pois não almejo um bem da terra;
não peço mais do que o que devo pedir:
só a Ti…

Tem piedade de mim!
E como imensa é tua misericórdia
e grande meu pecado, tem piedade de mim imensamente
em proporção à tua misericórdia.

Então poderei cantar teus louvores,
contemplando-te, Senhor.
Te bendirei com uma bênção
que perdurará ao longo dos séculos;
te louvarei com o louvor e a contemplação,
neste mundo e no outro,
como Maria, de quem nos diz o Evangelho,
que escolheu a parte melhor.
Amém.



SÃO BRUNO,
ROGAI POR NÓS.